Assim, ele resolveu nascer no dia 29 de abril de 2013. Dia bem cheio na maternidade. Seis crianças nasceram naquele dia.
Tudo corria como esperado. Davi nascera. Chorara um pouco e, logo foi levado com o pediatra e o Papai para o berçário.
Mas, quando a Mamãe voltou para o quarto, a Vovó, com o semblante um pouco preocupado, veio e calmamente disse:
- Filha. O Davi precisará ir para a U.T.I. Neonatal, ele não está conseguindo respirar sozinho.
Não preciso explicar como o chão sumiu para a Mamãe naquele momento. Ela mal vira seu menininho. As lágrimas correram...
A visita do pediatra não ajudou muito. Ele apenas dissera: "Nós vamos fazer o medicamento e aguardar, não podemos lhe dizer o que acontecerá."
A Mamãe passou a noite em claro. Falando com Deus. Implorando por seu menino. Tentando conter as lágrimas que teimavam em correr.
E, então, amanheceu. A médica da Mamãe entrou. Perguntou se ela teria visto o bebê. A Mamãe respondeu que não. Ela só poderia visitá-lo na U.T.I. no horário marcado. A médica então disse:
- Você é a Mamãe. Você pode ir lá quando quiser.
Não teve dor após a cesárea para a Mamãe. Ela não se lembra. Ela se levantou, tomou banho e foi caminhando até a U.T.I.
Lá ela o viu. Ele era o maior bebê de lá. Afinal tinha nascido no tempo certo, mas com complicações pulmonares. Ele estava com tubos para respirar. Dormindo.
A Mamãe sentou-se ao lado da encubadora. Pôs suas mãos nele. Cantou. Cantou uma música que ela cantava para ele durante a gestação.
Ele, então, ao ouvir a música, abriu os olhos. Enormes olhos azuis e olhou na direção da voz da Mamãe pela primeira vez. Com olhos de quem diziam: "Mamãe, eu vou vencer esse gigante."
Davi saiu da U.T.I neonatal cinco dias depois. Ficou internado ainda no hospital por mais seis dias.
E, este blog, servirá para a Mamãe contar suas pérolas, em forma de pequenos devocionais. Espero que apreciem.
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